Nao sao gauleses mas podiam ser, esta e a aldeia dos Fakirs e aqui vivem 100 pessoas. Nómadas por tradição e oficio vivem em estruturas improvisadas como esta abaixo, mas em 2011 perderam o pouco que possuem e mudam-se para este pedaço de terra oferecido pelo governo.
Nao ha gado, nem agricultura ainda assim tem quatro furos de agua com bombas manuais e algumas casa de banho improvisadas. Nunca viveram numa casa com paredes e porta mas querem! Na semana passada visitei esta aldeia que faz agora parte do meu programa e conversei um pouco com eles. Resolveram estabelecer se neste local porque e alto, perto da estrada e tem agua (embrulha! DRR, resiliente, adaptation tudo num so) querem mandar os filhos para a escola para ter uma vida melhor e deixarem a profissão de Fakir.
Nesta comunidade o trabalho e feito em rotação e por grupos, 7 a 8 homens deixam as famílias na aldeia e vao um mês para a cidade fazer dinheiro com espectáculos, quando voltam o dinheiro feito mantém a família por um mês enquanto outro grupo sai na mesma rotina.
As “cobrinhas” vivem em cestos de ráfia enrolados em panos, a principio como havia dezenas de caixas achei que fossem so para arrumação mas quando nos mostraram as cobras e que realizei a quantidade de cobras que por ali andavam a dormir. Estas cobras sao selvagens sendo mantidas somente por seis meses, dizem os Faquir que depois disso ficam ariscas e mordem. Assim ao fim de seis meses soltam as cobras e apanham outras, estas nas fotos segundo disseram sao “casadas” e por isso andam sempre juntas quando abrem as caixas. Nao sei ha quanto tempo este casal esta na aldeia porque se morder nao morderam pelo menos tentam e bastantes vezes…..
O mundo ao contrário 